INTRODUÇÃO

Pedrinhas e Cedovém são dois Lugares à beira mar, situados entre Ofir e a Apúlia, no concelho de Esposende - PORTUGAL.
Localizam-se num lugar calmo em cima do areal, onde pode almoçar e jantar com uma gastronomia típica local e poder usufruir de uma paisagem natural marítima Atlântica a uma temperatura do Litoral do Sul da Europa. Os caminhos e os percursos de acesso ainda se encontram em areia e criam uma composição que conjuga de forma perfeita entre a topografia e época das construções, o que dá um cunho único ao Lugar. Se estivermos acompanhados com alguém especial, imediatamente nos apaixonamos e nunca mais conseguimos cortar o "cordão umbilical" com este LUGAR cheio de magia e de uma beleza natural única.

2015/06/17

NAVIOS MEDIEVAIS ENCONTRADOS NUM ESTALEIRO DE OBRAS EM TALIN, NA ESTÓNIA


Operários de construção de um novo complexo de apartamentos em Tallinn, capital da Estónia, pôs a descoberto os restos de dois navios medievais. Os trabalhadores estavam a escavae as fundações em 22 de maio, quando a pá da escavadora encontrou pedaços grandes de madeira muito velha. A empresa construtora parou a obra e alertou o patrimônio nacional Conselho (NHB) que enviou especialistas para examinar o achado. Em 26 de maio a tripulação descobriu outro naufrágio no outro extremo do local da construção. A área foi então digitalizada com radar de penetração no solo, e um terceiro provável naufrágio foi localizado.
Construção foi suspensa e esta semana NHB arqueólogos começaram a escavar o primeiro naufrágio. Os ossos do navio agora são claramente visíveis e podem ser vistos por membros do público, que com cuidado olha para baixo. Têm 15 medidores (50 pés) de comprimento, quatro medidores (13 pés) de largura e 1.5 medidores (5 pés) de profundidade no ponto mais profundo. Os arqueólogos proveem a data entre o século XIV ao XVII.
Foi encontrado perto de quatro metros abaixo do nível solo atual, em sedimentos do que foi outrora o fundo do mar. Embora o lugar seja 200 medidores (ca. 220 jardas) da água hoje, durante séculos foi um porto. No final de 1930, a área foi infiltrada com restos e lixo doméstico. Não está claro se os navios afundaram lá , foram enterrados gradualmente ao longo do tempo por si, ou se eles foram deliberadamente afundados depois de se atingir o fim das suas vidas. Eles certamente foram despojados de todas as partes utilizáveis — acessórios, aparelhamento e mastros de metal — antes de serem abandonados.
O arqueólogo do Museu marítimo de estoniano Vello Mässi acredita que era uma nave de transporte de curta distância, usada para mover a carga da costa para os grandes navios nas águas mais profundas da baía. Os arqueólogos estão excitados para ter a oportunidade de estudar tais navios velhos, em detalhe. Esta é a primeira vez que vários naufrágios históricos foram encontrados tão próximos. A última vez que os restos de um naufrágio foram encontrados em Tallinn foi em 2009, quando a construção de estradas desenterrou uma nave do século XIII. Eles estão ansiosos para examinar estes achados, para aprender sobre como elas foram construídas e quando e que a madeira foi usada.
Arqueólogo Priit Lahi admite que o achado foi uma importante descoberta para lançar luz sobre os métodos de construção naval possível dos séculos antes.
"Na época, construtores navais usado seus próprios métodos — não era muito científico. Não havia desenhos de projeto que temos hoje,"ele disse à Associated Press.
As escavações estão programadas para continuar pelo menos através de 8 de julho. Enquanto os desenvolvedores a construir o complexo de apartamentos manifestaram interesse em exibir o achado de alguma forma, construção não vai ser adiada por muito mais tempo ou interrompida. Seria demasiado caro e demorado para manter os destroços no local, então serão levantadas, documentados e estudados antes de sua disposição final é decidida. Eles podem ser enterrados na areia em outro local para sua própria preservação, que permitiria o futuro exame dos destroços por estudiosos e torná-los fáceis de recuperar para a conservação futura e exibir.

Para mais fotos do navio e site, Confira as galerias de fotos aqui e aqui.

2015/06/14

Aberta rampa varadouro para pescadores de Castelo do Neiva

Está já em funcionamento a nova rampa varadouro destinada aos pescadores de Castelo do Neiva. A reivindicação da comunidade piscatória, com mais de vinte anos, vai permitir maior segurança e condições de acesso ao mar e foi alvo, recentemente, de uma visita por parte do autarca de Viana e dos responsáveis da Polis Litoral Norte durante uma visita a todas as obras em curso daquela entidade.
A nova rampa, entregue para utilização da dinâmica comunidade piscatória da Pedra Alta, é parte integrante de uma empreitada maior, que integra ainda a remoção das pedras na área de acesso ao portinho de Pedra Alta, sendo que estão também em curso outras intervenções naquela área, nomeadamente a consolidação dos esporões a sul do portinho, que vão permitir a melhor protecção contra a erosão costeira.
Assim, estão em curso obras como o Reordenamento e Qualificação da Frente Marítima do Núcleo de Pedra Alta, que visa a realização de um conjunto de acções na malha urbana e no sistema dunar e integra ainda a infraestruturação geral deste núcleo, intervenção na rede viária e pedonal, e a introdução do canal da futura Ecovia do Litoral Norte; a Reestruturação e Consolidação do Quebramar da Pedra Alta para assegurar a manutenção equilibrada desta zona costeira que tem vindo a ser ameaçada pelo avanço do mar, contemplando a escavação de areia na zona do tômbolo por forma a aumentar a área molhada abrigada e a sua posterior utilização no reforço do cordão dunar a sul do portinho de pesca; o desmonte de um rochedo submerso que dificulta a passagem de embarcações junto ao molhe.
Está também prevista a recuperação, protecção de sistemas dunares degradados e renaturalização de áreas degradadas em Castelo do Neiva/Pedra Alta com o objectivo principal a manutenção e reposição das condições naturais do ecossistema costeiro, para assegurar a estabilidade biofísica por via da renaturalização de áreas degradadas, da recuperação, reforço e fixação dos sistemas dunares. Contempla a colocação de paliçadas, a construção e reabilitação de passadiços sobrelevados, a construção de delimitadores de circulação, a regularização de caminhos e a recuperação da vegetação autóctone. Contempla ainda a construção de um percurso pedonal e ciclável, de um miradouro e leitores de paisagem em pontos de observação dos valores biofísicos e culturais.


De sublinhar que a Polis Litoral Norte tem ainda em curso a empreitada de Requalificação e Valorização da Praia de Paçô; a recuperação, proteção de sistemas dunares degradados e renaturalização de áreas degradadas - Montedor e Areosa; a Requalificação da Frente Ribeirinha de Viana do Castelo - Núcleo do Cabedelo e a Recuperação, proteção de sistemas dunares degradados e renaturalização de áreas degradadas - Rodanho.


O Lugar das Pedrinhas que precisa também de uma rampa para pescadores, cujo o acesso é este (como podemos ver na fotografia). A Polis Litoral Norte em nada contribuiu para proteger, defender, reforçar, fixar estas dunas heólicas e facilitar o acesso das embarcações dos pescadores ao mar, como a consolidação do quebramar, que existia.
Sabendo hoje e provado em tribunal que todos os males são causados pelo ESPORÃO, que as ENTIDADES DO ESTADO CONSTRUÍRAM SEM ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL.

Governo recorre da suspensão das demolições no Algarve

O ministro do Ambiente anunciou que a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa vai recorrer da sentença do Tribunal de Loulé sobre as demolições nas ilhas-barreira.


O ministro do Ambiente anunciou este sábado que a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa vai recorrer da sentença do Tribunal de Loulé sobre as demolições nas ilhas-barreira e que encomendou novo estudo sobre impactos ambientais na biodiversidade.

Nós não partilhamos da avaliação que foi feita, recorremos dessa avaliação, dessa decisão do tribunal”, declarou o ministro Jorge Moreira da Silva à margem de uma visita que realizou ao final da tarde de sábado a obras de defesa longitudinal aderente na Praia de Paramos, em Espinho (Aveiro).

O Ministério do Ambiente diz que depois de ver impedidas as demolições na Ria Formosa, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, “a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa avança com um recurso da decisão e, ao mesmo tempo, com um novo estudo sobre o impacto das intervenções na biodiversidade das ilhas-barreira”, lê-se num comunicado de imprensa daquele ministério enviado à Lusa.

Segundo Jorge Moreira da Silva, o Ministério do Ambiente vai avançar de “imediato com estudos adicionais para que de uma vez por todas se não encontre qualquer pretexto para não fazer aquilo que se deve, para não adiar para outros aquilo que temos a responsabilidade de fazer”.

O estudo realizar-se-á num prazo máximo de 90 dias, que demonstre claramente os benefícios da renaturalização das ilhas-barreira para a conservação da natureza, lê-se, por seu lado, na mesma nota de imprensa enviada à Lusa.


O Governo não se pode substituir aos tribunais, mas espero que a decisão dos tribunais possa confirmar a avaliação que fizemos”, acrescentou Jorge Moreira da Silva.
Para que não existam dúvidas nenhumas e em especial para que argumentos com fragilidade científica não possam vir a pôr em causa a integridade de um processo tão relevante (…) a Sociedade Polis está a desencadear um processo de estudos adicionais relativamente ao impacto na conservação da natureza do processo de renaturalização.

O ministro do Ambiente referiu que têm de ser demolidas 800 habitações nas ilhas-barreira da Ria Formosa e que até agora ainda só foram demolidas cerca de 300 edificações.

Foram realizadas 300 demolições nos últimos cinco meses (…) tanto em Esposende, como nas ilhas barreira. Em Esposende estamos a falar de cerca de 20, 30 edificações. Nas ilhas barreira estamos a falar praticamente de três centenas de demolições que já foram realizadas. Este número está aquém do que estava previsto: está previsto um volume de cerca de 800 edificações que terão de ser demolidas no âmbito deste processo de renaturalização que está aprovado há muito tempo”, disse Jorge Moreira da Silva.

O ministro garantiu que nenhuma das demolições da Ria Formosa estava a ser feita em casas de primeira habitação, só em “casas de férias ou casas de segunda habitação”, mas depois, salvaguardou que no caso de “primeiras habitações só ocorrem demolições desde que tenha havido realojamento prévio dos cidadãos”.

No final de maio, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé aceitou a providência cautelar apresentada pela Câmara de Olhão em defesa do camaleão, o que, para já, suspende o processo de demolições na ilha do Farol, no concelho de Faro.

Antes, em abril, o mesmo tribunal já havia suspendido o processo de demolição de 137 casas das 176 edificações existentes na ilha do Farol, ao abrigo de providências cautelares interpostas pelos proprietários.


Nos Hangares, os donos das casas sinalizadas para demolição também conseguiram, através de providências cautelares, adiar a posse administrativa das construções pela Sociedade Polis.

O processo de renaturalização da Ria Formosa, lançado pelo Ministério do Ambiente, através do programa Polis, prevê a demolição de um total de 800 construções nos núcleos urbanos das ilhas-barreira da Ria Formosa.


2015/06/12

Ministro do Ambiente vai inaugurar Requalificação da Frente Ribeirinha de Fão



O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, vai proceder, no próximo sábado, às 14h00, à Cerimónia de Inauguração das Obras de Requalificação da Frente Ribeirinha de Fão.
O Ministro, que virá acompanhado do Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, será recebido no Largo do Caldeirão, em Fão, pelo Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, pelo Presidente da Junta da União das Freguesias de Apúlia e Fão, pelo Presidente do Conselho de Administração da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado, e demais entidades. Posteriormente, a comitiva fará a pé o percurso ao longo da intervenção realizada, sendo que, no Largo do Cortinhal, ocorrerá o descerrar da placa inaugural e, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Fão, decorrerá a cerimónia propriamente dita, com as intervenções das várias entidades. 

A Requalificação da Frente Ribeirinha de Fão foi realizada no âmbito do Programa Polis Litoral Norte e custou cerca de 565 mil euros, 85% dos quais financiados por fundos comunitários, através do ON2 - Programa Operacional Regional do Norte, e os restantes 15% suportados pela Câmara Municipal de Esposende.

A intervenção traduziu-se no reordenamento e requalificação da orla fluvial de Fão, compreendida entre o Largo do Cortinhal e a zona do molhe do Caldeirão, através do prolongamento da ligação pedonal e clicável e da renaturalização da margem do rio e da ínsua. Este percurso estabelecerá ligação com a futura Ecovia do Litoral Norte e com a rede de circuitos que acompanha toda a margem do rio até ao limite do concelho, com eventual ligação ao Município de Barcelos. 

Esta intervenção enquadra-se numa ótica de valorização da marginal Sul do rio Cávado, tornando o espaço mais atrativo e aprazível, convidando as pessoas a desfrutar da beleza e da biodiversidade do rio. Com efeito, pretende-se dinamizar a vivência da área, garantindo a sua proteção e valorização e criando um novo espaço público de fruição coletiva do Cávado, cujo elemento agregador é o percurso/trilho, promovendo o turismo de natureza e educação ambiental numa ótica de desenvolvimento sustentável.

2015/06/11

TESE DE MESTRADO «Os Lugares de Cedovém e Pedrinhas: Do Reconhecimento do Lugar à Intervenção»


A equipa do Blogue Pedrinhas & Cedovém vem felicitar e congratular  Elisabete Torres do Monte pelo seu excelente trabalho, efetuado sob a orientação da Professora Doutora Marta Labastida Juan  de Tese de Mestrado, na Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, no Ramo do Conhecimento: Cidade e Território, cujo tema « Os Lugares de Cedovém e Pedrinhas: Do Reconhecimento do Lugar à Intervenção».

A participação civil, a cidadania, a potencialidade das instituições académicas, a força dos nossos jovens, é um conjunto de pontos que os nossos políticos e governantes não podem esquecer, para que seja possível amanhã haver uma sociedade melhor.

Muito obrigado Elisabete Torres do Monte por partilhares com todos nós, a tua tese, que em muito ajudará estruturar, salvar e enriquecer dois Lugares que estão em risco de sobrevivência, não ameaçados pela natureza, mas pelas mãos do Homem. 


2015/06/10

O de antes e o de agora "Documento com mais de 500 anos sobre a tomada de Ceuta" sai da Torre do Tombo

Dantes guardávamos as coisas a "7 chaves", pois nenhum cidadão podia ter acesso, hoje damo-as de "mão beijada". Depois de ficar exposto "A Crónica da Tomada de Ceuta" segue para Ceuta, no próximo ano.

Quantas vezes o espólio português, já tem sido roubado em exposições no estrangeiro? Para o ano, mais uma peça com calor incalculável, se vai tornar "presa" para ladrões de tesouros.

Aproveitem para ver ao vivo este manuscrito, pois pode ser a ultima vez em território Português.

«A "Crónica da tomada de Ceuta" é um documento com mais de 500 que pode ser visto a partir desta quarta-feira no world of Discoveries, Porto, no âmbito de uma inauguração sobre a conquista de Ceuta em 1415.


A `Crónica da Tomada de Ceuta`, de Gomes Eanes de Zurara, "nunca saiu da Torre do Tombo (Lisboa) para ser exposta" e foram precisas "várias autorizações especiais" para conseguir que o documento viesse até ao Porto e aqui possa permanecer na exposição até maio de 2016, contou à Lusa fonte da organização.

O documento histórico que estava no Arquivo Nacional da Torre do Tombo vai fazer parte de uma exposição desenvolvida pela World Discoveries, em coprodução com Ciudad Autonoma de Ceuta, e tem o apoio da Presidência da República e da Câmara Municipal do Porto.

A exposição, cujo título é "A globalização terá começado em Ceuta", vai ser inaugurada a 10 de junho, Dia de Camões e da Comunidades, pelas 18:00, junto à Alfândega do Porto.

A `Crónica da Tomada de Ceuta` relata a conquista da cidade islâmica no Norte de África por D. João I há 600 anos. A batalha foi a 21 de agosto de 1415.
A crónica corresponde à narração mais detalhada e verídica, que se conhece da conquista da cidade de Ceuta por tropas portuguesas e constitui também a fonte das memórias escritas posteriormente.

Começou a ser escrita em 1449 e foi terminada em Silves (Algarve), a 25 de março de 1450, provavelmente, a partir de memórias reunidas anteriormente por Gomes Eanes de Zurara, autor que foi contemporâneo dos acontecimentos relatados.
Em julho de 2016 a `Crónica da Tomada de Ceuta` segue para Ceuta para ser exposta naquela cidade islâmica.

A exposição "A globalização terá começado em Ceuta" vai ter uma maqueta de Ceuta, tal como os portugueses a encontraram em 1415, pinturas murais do artista do Porto Hazul Luzah, gastronomia local inspirada nos `souks` (mercados) marroquinos, uma pirâmide holográfica a três dimensões e vários conteúdos interativos e multimédia em seis idiomas.»


2015/06/09

Blue Week - Portugal is Ocean - Live the OCEAN

A Universidade do Algarve marcou presença no Blue Business Fórum, inserido na Blue Week, que terminou este sábado na FIL, em Lisboa. A Academia algarvia apresentou a sua oferta formativa e as principais competências ao nível da investigação científica, da transferência de tecnologia e empreendedorismo, dedicadas ao Mar e o balanço da participação no evento foi positivo.

Para o reitor António Branco, «a visibilidade do trabalho que se faz na UAlg, nesta grande área do mar, é extraordinária» e a participação na feira foi «dirigida, sobretudo, à relação da UAlg com a comunidade».
A difusão dos resultados e das atividades e a criação de contactos para futuras parcerias são alguns dos pontos que levam os vários responsáveis pelos centros de investigação da UAlg a fazerem um balanço positivo da sua presença no Blue Business Forum.
Para Adelino Canário, coordenador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da UAlg, a participação neste evento «é importante por uma questão estratégica da própria instituição», pois acredita que existe a oportunidade de se mostrar o que se faz e que «há sempre a possibilidade de se encontrarem parcerias inesperadas».
Já Nuno Bicho, coordenador do Interdisciplinary Center of Archaeology and Evolution of Human Behaviour (ICArEHB) da Universidade do Algarve, garante que o centro teve alguns contactos «no sentido de criar ligações e trabalhos com empresas estrangeiras, nomeadamente espanholas, na área da arqueologia subaquática». Este centro de investigação também recebeu a visita do vice-cônsul da Namíbia, interessado na «possibilidade de trabalho conjunto».
Também as várias spin-offs e start-ups, apoiadas pela Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg (CRIA), que estiveram presentes no certame, consideram que o evento é uma mais-valia para poderem mostrar o seu trabalho e estabelecer contactos, especialmente com o meio empresarial.
Paulo Pedro, responsável pela Caviar Portugal, uma das start-ups vencedoras do concurso “Ideias em Caixa 2010” da UAlg, acredita que a Blue Week «é uma forma de nos mostrarmos e contactarmos quer com fornecedores, quer com potenciais clientes».
Por sua vez, Cristiano Soares, sócio-gerente da MarSensing – Tecnologias Marinhas e Acústica Submarina, uma das spin-offs presentes, considera importante que este evento «se repita regularmente» para que a feira se possa estabelecer e tornar-se num evento de renome.
Durante o Blue Business Forum, o stand da UAlg recebeu várias comitivas oficias, lideradas pelo Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, pelo Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, pela Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e no último dia do certame, pelo Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
A UAlg considera que «ao longo destes três dias, a Universidade do Algarve afirmou as suas potencialidades, mostrando que é uma verdadeira Universidade do Mar e dos Oceanos, à escala global».
A Universidade do Algarve fez-se representar no Blue Business Forum pelo Centro de Ciências do Mar (CCMAR), Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL), Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano (ICArEHB), Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia (CRIA), Caviar Portugal, MarSensing – Tecnologias Marinhas e Acústica Submarina, GOBIUS – Comunicação e Ciência e MarAlgarve – Plataforma Mar do Algarve.

Município de Esposende e Baldio dos Sargaceiros de Apúlia chegam a entendimento

É o ponto final num litígio que se arrasta há mais de uma década na justiça. O Município de Esposende anunciou ontem que chegou a um entendimento com o Baldio dos Sargaceiros de Apúlia. 

Foi por unanimidade, em reunião do executivo, que a câmara municipal deliberou celebrar um acordo com o Conselho Directivo do Baldio, em que ambos assumem o compromisso de unir esforços com vista à revitalização e requalificação da zona de Cedovém e Pedrinhas


Em comunicado, a autarquia esclarece que o litígio assentava na disputa de uma parcela de terreno. “O Município e o Conselho Directivo do Baldio, na sequência de várias reuniões, chegaram a entendimento para pôr termo ao processo e conjugarem esforços no sentido de procederem à requalificação e revitalização de toda aquela zona”. 

Tal entendimento, que põe fim aos diversos processos jurídicos pendentes, teve por base o facto de, quer o Município, quer o Conselho Directivo do Baldio, “pensarem da mesma forma quanto àquilo que pretendem para aquela zona de Apúlia, nomeadamente a protecção da zona costeira, a preservação dos valores naturais, a harmonização paisagística, a promoção dos valores económicos, a requalificação cultural e a revitalização do turismo nos núcleos urbanos marítimos, entre outros aspectos”, refere a mesma fonte, acrescentando ainda que “é intenção de ambos aproveitar as oportunidades que poderão advir do novo quadro comunitário de apoio ‘Portugal 2020’ e de outras fontes de financiamento externas, para tentar concretizar tais objectivos”. 

Por outro lado, nada como uma conciliação de interesses para poder, também, fazer valer estas pretensões no processo de revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) de Caminha a Espinho, que se encontra em curso.


O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, manifesta-se “extremamente satisfeito” com este acordo, assinalando que “o diálogo foi o caminho para o entendimento alcançado, pois não fazia qualquer sentido manter um litígio que era prejudicial para ambas as partes e até mesmo para a população, além de que ambos partilham da mesma opinião”. 

Lembra que em causa estava um pedido de indemnização superior a um milhão de euros, pelo que o entendimento é vantajoso também sob o ponto de vista financeiro.
O entendimento alcançado mereceu elogios por parte dos vereadores da oposição, que consideram que estão salvaguardados os interesses do Município e de Apúlia.

2015/06/08

Buscas suspensas por criança desaparecida na Praia da Bonança em Esposende

O menor, de sete anos, foi encontrado com vida cinco quilómetros a sul na Praia de Apúlia

Pânico nas praias de Esposende com o desaparecimento, durante quatro horas, de criança de sete anos de idade na Praia da Bonança, Vila de Fão, no concelho de Esposende, este domingo, dia 7. Meios da Polícia Marítima, assim como os Bombeiros Voluntários de Fão, Instituto de Socorro as Náufragos, e autoridades militares, nomeadamente a Guarda Nacional (GNR) de Esposende, foram deslocados para a margem sul do Rio Cávado.

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(Capela Nossa Senhora da Bonança)

O alerta foi dado pouco depois 11:30 horas, quando os pais, residentes no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, deixaram de ver o filho. Tudo aconteceu na zona da Bonança, em Ofir na Vila de Fão, quando uma eventual distração, pois ao que indica o casal passeava um cão, terá precipitado a desorientação do menor que caminhou em direção ao Pinhal de Ofir.

Os pais, desconhecedores do local e ao descer ao areal, não conseguiram encontrar o menor. O pânico foi imediato. Apenas com a informação de que a criança vestia calção vermelho, as buscas foram feitas na zonas do pinhal de Ofir e nas praias da margem sul do Cávado.

Os Bombeiros Voluntários de Esposende chegaram a ser acionados, mas acabaram por ser desmobilizados depois de informação vinda da Vila de Apúlia, cinco quilómetros a sul, com a indicação que a criança foi encontrada "perdida", mas em perfeitas condições de saúde.

Segundo fonte das autoridades, esta caminhou pela praia desde Ofir até à zona balnear de Apúlia. As buscas foram suspensas e os pais não ganharam para o susto, que levou dezenas à praia e pinhal em busca do menino de Alijó.

Praias de Esposende invadidas por milhares

As altas temperaturas no interior norte do país levaram este fim-de-semana a uma "invasão" às Praias de Ofir, Bonança, Cedovém, Pedrinhas, Couve e Ramalha do lado sul do concelho de Esposende. A norte, Suava Mar e Cepães, ambas nas Marinhas, deram colorido diferente ao areal. Apesar da época balnear arrancar a 15 deste mês, as autoridades da GNR de Esposende e Polícia Marítima estão atentas e vigiam a zona, deixando concelhos úteis ao veraneantes.

Blogue Perdrinhas & Cedovém com BRAGA

Polis Litoral Norte concluiu 33 das 54 obras previstas


Seis anos depois de ter sido criada, a Polis Litoral Norte concluiu 33 das 54 das intervenções de requalificação previstas para a costa de Esposende, Viana do Castelo e Caminha, revelou ontem o presidente do conselho de administração da sociedade Polis Litoral Norte, Pimenta Machado.


Neste momento temos em curso, no terreno, 16 empreitadas, no valor global de investimento muito próximo dos 14 milhões. Temos três numa fase final de contratação que totalizam 3,2 milhões de euros. Concluídas temos 14 empreitadas, significa que das 54 previstas no plano estratégico, temos concluídas, ou em curso, 33 empreitadas”, afirmou o presidente, também diretor da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) Norte, que, ontem, visitou obras em curso naqueles concelhos, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente.


Ao todo já foram investidos cerca 73 milhões de euros, com financiamento entre 70 a 85% de fundos comunitários, do Estado português, e das três autarquias.
Em Caminha, está em curso a segunda fase das obras de recuperação da duna dos Caldeirões, em Vila Praia de Âncora, num investimento de mais de 400 mil euros.

Aquela empreitada visa “o reforço e a proteção dos sistemas dunares e a renaturalização de áreas degradadas da foz do rio Âncora”. Ainda naquele concelho “está prestes a arrancar” a intervenção de proteção da erosão costeira desde Moledo a Vila Praia de Âncora, num investimento superior a 400 mil euros.


Para o vice-presidente da câmara, Guilherme Lagido, trata-se de uma obra de “enorme importância” por representar “a valorização do sistema natural”.
Em Castelo de Neiva, Viana do Castelo, a comunidade piscatória assistiu à abertura da nova rampa de acesso ao portinho local no âmbito da empreitada de reordenamento e qualificação da frente marítima, e de reestruturação e consolidação do quebramar. 


O presidente da câmara, José Maria Costa, sublinhou a importância da intervenção, “há muito ansiada” pelos pescadores, para o reforço das condições de segurança.


O autarca de Esposende, Benjamim Pereira, sublinhou o “sucesso” do projeto de requalificação e valorização do Litoral Norte e o “empenho” das três autarquias envolvidas. Naquele concelho estão em curso as empreitadas de manutenção e reforço do cordão dunar da restinga de Ofir, o reforço do sistema dunar, e a proteção da linha de costa da Praia de Ofir.


Blogue Pedrinhas & Cedovém com Correio do Minho

2015/06/05

Dia mundial do Ambiente marcado com visita à obra na Foz do Rio Âncora



Decorreu esta manhã, dia em que se comemora o Dia Mundial do Ambiente, uma visita à Foz do Rio Âncora, local onde está a decorrer a empreitada de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de áreas naturais degradadas - 2ª Fase. Esta visita fez parte do périplo que o Conselho de Administração da Polis Litoral Norte - Sociedade para a Requalificação e Valorização do Litoral Norte fez às obras em curso nos Municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende. 

A Polis Litoral Norte está a investir no concelho de Caminha mais de um milhão de euros.
ecutada a empreitada de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de áreas naturais degradadas - 2ª Fase. Continuou em Viana do Castelo com uma visita ao núcleo de Pedra Alta, onde estão a decorrer as empreitadas de Reordenamento e Qualificação da Frente Marítima, de Reestruturação e Consolidação do Quebramar, de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de áreas naturais degradadas.

Terminou em Ofir, Esposende, onde a Polis Litoral Norte está a proceder às empreitadas de Manutenção e Reforço do Cordão Dunar da Restinga de Ofir e Reforço do Sistema Dunar e Proteção da Linha de Costa da Praia de Ofir - Fases 2 e 3.

Assim, em Vila Praia de Âncora, a visita contou com a presença do vice-presidente da Câmara de Caminha, Guilherme Lagido; dos presidentes de Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa e de Esposende, Benjamim Pereira; do presidente do Conselho de Administração da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado; da Direção de Gestão de Projetos Norte da ParquExpo, Eurico Costa; presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora e técnicos da Polis Litoral Norte. O objetivo da deslocação foi verificar in loco a evolução das obras de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais Degradadas (2.ª fase) Foz do Rio Âncora.

Sobre a obra, Guilherme Lagido explicou: “trata-se de uma obra complexa em termos de engenharia e em termos ambientais e acrescentou: “penso que a intervenção irá sortir bom resultado”. Quanto ao andamento dos trabalhos, o vice-presidente realçou: “neste momento a obra circunscreve-se à reposição de areia e à eliminação das infestantes”.

Esta intervenção no valor de 402.848 € contempla medidas corretivas de erosão superficial e ações de reordenamento de áreas construídas em zonas de risco e consequente reposição das condições de ambiente natural, nomeadamente a consolidação e fixação de margens do rio Âncora, com recurso a técnicas de bioengenharia; a construção de um esporão deflector na margem esquerda do rio Âncora, em enrocamento e estacas com vegetação plantada; a reabertura do leito secundário do Rio Âncora; a movimentação de areias na praia para reforço do cordão dunar; e a colocação de uma cortina de paliçadas na área do anterior rompimento da Duna, por forma a favorecer a retenção de areias nessa zona.

Estão ainda previstas ações como a construção de passadiços sobrelevados de acesso à praia; a construção de um observatório da natureza, no remate do passadiço sobrelevado da Duna do Caldeirão; diversas limpezas de espécies exóticas infestantes arbóreas e herbáceas; a renaturalização do acesso rodoviário existente na parte terminal da Rua de Águas Férreas; e a colocação de painéis informativos dos valores naturais presentes.

Recorda-se que, na primeira fase, foram garantidas as condições imediatas de segurança na zona, através da restituição do curso do rio pelo desassoreamento da sua foz, da deposição dos volumes de areia resultantes daquela escavação no reforço do cordão dunar e da desmontagem de infraestruturas colapsadas, garantindo assim o usufruto daquele espaço durante a época balnear de 2014.

Para além do Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de áreas naturais degradadas - 2ª Fase, no âmbito da Polis Litoral ainda estão em curso as empreitadas “Infraestruturas associadas à utilização da Praia da Gelfa” e “Recuperação, proteção de sistemas dunares degradados e renaturalização dos Rochedos de Santo Isidoro”.

A empreitada “Infraestruturas associadas à utilização da Praia da Gelfa” vai custar 312.573 € e engloba três ações: redefinição dos limites do equipamento desportivo; regulação do acesso viário e disponibilização de área de estacionamento de apoio quer ao equipamento desportivo quer aos utilizadores da praia.

A “Recuperação, proteção de sistemas dunares degradados e renaturalização dos Rochedos de Santo Isidoro” orçada em 421.077€ é uma “intervenção importante, de grande envergadura e de grande extensão. É uma obra de proteção costeira, que vai desde Moledo a Vila Praia de Âncora. Facilita o acesso e defende os valores naturais que ali estão em presença”, sublinhou Guilherme Lagido.

Esta empreitada contempla a criação de uma barreira física que permite a proteção dos ecossistemas costeiros existentes, bem como a recuperação das suas caraterísticas naturais através do corte de espécies exóticas infestantes e colocação de delimitadores de circulação motorizada. Contempla ainda um percurso pedonal e clicável e leitores de paisagem, em pontos de observação dos valores biofísicos e culturais, juntos aos rochedos emersos e à Capela de Santo Isidoro.

Estas intervenções estão orçadas em 1.136.498 € e são financiadas pela União Europeia através do Programa Operacional Temático de Valorização do Território em 85% e pelo Estado Português em 15%.

*** Nota da C.M. de Caminha ***

2015/06/04

FISHLOVE - Celebridades mostram o corpo para salvar os oceanos

Helena Bonham Carter

Fishlove é uma série de imagens impressionantes que está agora no centro de um movimento global para proteger os nossos mares de práticas de pesca destrutiva. Os retratos, caracterizam indivíduos comemorado com peixes, conseguindo assim aumentar a consciência significativa para campanhas como a OCEAN2012, BLOOM, The End of the Line, e Fundação Blue Marine. Se gostar de usar estas imagens para sua campanha, ou gostar de nos apoiar no nosso trabalho em curso, entre em contato connosco.

Elizabeth Jagger

2015/05/31

Chamadas de sargaço, as “algas arribadas” representam dinheiro levado pela maré

SUSTENTABILIDADE NO BRASIL DE HOJE
Encontrar algas na areia após a maré alta é uma rotina com a qual muitos que curtem praia ainda não se acostumaram. Se por um lado os turistas, empresários e até mesmo moradores de Maceió consideram o sargaço como sujeira e poluição, do outro a professora doutora em Biotecnologia, especialista em algas, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Élica Amara Cecília Guedes vê nas algas um potencial a ser explorado. Mas, para conseguir que as algas tenham reconhecimento é preciso derrubar preconceitos. O primeiro é descartar o uso popular do nome “sargaço”. Segundo a professora Élica, o termo, além de erróneo, remete à palavra “bagaço”, ou seja, algo que deve ir para o lixo. “As algas arribadas, que ficam jogadas pela areia, até contêm o gênero de algas marrons ‘Sargassum’, mas não é o predominante. Já encontrei a praia da Pajuçara repleta de algas verdes”, pontua. Uma vez recolhidas e tratadas, as algas podem virar matériaprima para a produção de adubo, ração e até de combustível. E não faltam pesquisas em Alagoas para desenvolver um reaproveitamento lucrativo e sustentável.

No caso do adubo, as algas precisam ser lavadas para a remoção da areia e do excesso de sal. O único empecilho é a quantidade de água utilizada nesse processo. “Para tornar-se viável, teríamos que bolar um sistema para que a água da lavagem fosse reutilizada para o cultivo de peixes e camarão”. As pesquisas de universitários que utilizaram as algas como adubo renderam resultados na plantação de hortaliças tanto na agricultura tradicional quanto na hidroponia. O processo consiste em triturar as algas arribadas após secas e misturar com o adubo convencionalou no solo. No caso da hidroponia, uma solução é preparada com as algas para ser misturada à água.


O resultado foi a produção de coentro e alface saudáveis.“As algas têm nutrientes iguais às outras plantas, no entanto, com mais cálcio, cloro e sódio. Isso se torna propício para um adubo in natura de coqueiros, por exemplo. Vi pessoas colocando as algas ao redor dessas árvores, o que é válido”, explica. Além de adubar plantas, a transformação de algas em complemento de ração é mais uma das possibilidades lucrativas ainda pouco explorada. O processo seria semelhante ao adubo, porém sem remover a salinidade. A intenção é de aproveitar o excesso de sal para os bovinos. Embora alimentar animais com algas seja uma atitude incomum no Brasil, em países da Europa a prática perdura há milénios. “Muitas praias europeias não são frequentadas por banhistas por causa do frio. Sendo assim, criadores deixam os animais comerem as algas arribadas à vontade”.


A professora Élica também costuma ensinar aos alunos os mais diversos usos de “plantas marinhas”, encontradas em xampús, cervejas e gelatinas. Quem passa pelo curso de Importância Económica da doutora sabe que, além de estudar as algas, também terá a opção de se alimentar delas. O cardápio é variado: salada, sushi, torta. Tudo feito com algas.“Pessoas que não são acostumadas a comerem algas não acharam nada de estranho. Apenas sentiram um gosto de maresia e até confundiram com camarão”. No entanto, Élica adverte que para o consumo, as algas devem ser colhidas quando ainda fixas nos recifes, pois aquelas que se espalham pela areia podem estar contaminadas com o lixo. “Seria interessante o poder público investir numa associação para um aproveitamento dessas algas que acumulam toneladas nas praias de Alagoas.
Hoje, estamos fazendo um projeto com foco no cultivo. Existem culturas imensas de algas fora do Brasil e, para vários fins, da confeitaria à cosmetologia”, finaliza a doutora. Conforme a assessoria de imprensa Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), não existe uma periodicidade no recolhimento das algas arribadas nas praias urbanas da capital. Ainda em nota ao EXTRA Alagoas,a pasta ressalta que coleta depende da quantidade e do mau cheiro que causam por causa da putrefação. Todo material é levado ao aterro sanitário.

Pesquisa pioneira da Ufal transformaalgas em biocombustível
O tratamento dado às algas arribadas no Brasil impressiona os estrangeiros. O mestre em Hidrografia da Ufal/Campus do Sertão, Fernando Coelho, conta um episódio quando trabalhava como guia de turismo em Maceió. “Um japonês me perguntou o que nós fazíamos com aquelas algas e quando disse que jogávamos no lixo, ele se espantou. Isso porque no Japão as algas tem um valor cultural e económico. Foi então que, na época estava estudando os desafios ambientais, surgiu a ideia de transformar essas algas para produzir energia”. Anos depois, o professor Coelho viu a oportunidade de colocar o projeto em prática como doutorando em Tecnologias Energéticas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Todo lixo pode ser reaproveitado e ter viabilidade económica desde que avaliemos o custo dos impactos ambientais, o custo de saneamento para o poder público e relacionemos quais as possibilidades de receita efetiva.
Um balanço permitirá avaliarmos quais resultados práticos de caráter socioeconômico podemos obter com a geração de biocombustíveis de algas marinhas”.O estudo consiste em transformar as algas arribadas em lenha ecológica, chamadas de briquetes e pellets. Assim, será o primeiro projeto a nível global que pretende fazer das algas um biocombustível que gerará energia pela queima da massa. A reutilização das algas marinhas diminuiria o descarte no aterro sanitário da cidade, reduziria a poluição do solo provocado por essa matéria orgânica e, também a não contaminação do lençol freático com a poluição da água. “Reduziria ainda a poluição do ar nas praias evitando a queima de gás metano na atmosfera quando essa biomassa aquecida pelo sol começa a entrar em estado de putrefação”, enfatiza Coelho.

Blogue Pedrinhas & Cedovém com o Jornal extra de Alagoas - Brasil

2015/05/29

Presidente da Assembleia de Freguesias de Fão e Apúlia morre em acidente com trator

Adelino Vale estava a sulfatar a Quinta de São Miguel, na freguesia de Sande, quando aconteceu o acidente

O presidente da Assembleia da União de Freguesias de Fão e Apúlia, concelho de Esposende, apareceu morto debaixo de um trator em Guimarães, na manhã desta sexta-feira. Adelino Carvalho do Vale, natural de Esposende, foi dado como desaparecido ainda esta madrugada, depois de ter sido visto à tarde a sulfatar com o trator na Quinta de São Miguel, do qual era proprietário, na freguesia de Sande, concelho de Guimarães. Adelino Vale fazia parte ainda do conselho de administração da empresa municipal "Esposende2000" e era presidente da Mesa Geral da Santa da Misericórdia de Fão.

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A família de Adelino Vale, engenheiro e com 60 anos, deu o alerta às autoridades já passava da meia-noite, achando estranho o facto do familiar ainda não ter regressado a casa em Braga. A Guarda Nacional Republicana das Taipas, assim como os Bombeiros Voluntários da Vila das Taipas, deslocaram-se para a quinta com mais de 15 elementos e bateram o terreno.

Apenas ao início desta manhã é que a vítima foi encontrada morta no interior da quinta com mais de 30 hectares. "Estava debaixo do veículo agrícola", indicou fonte das autoridades. Tudo aponta para que um movimento mais brusco tenha atirado Adelino Vale para o solo, no meio da vinha, acabando por ser atingido pelo roda traseira do trator. Tendo em conta o estado em que o corpo foi encontrado, especula-se que o acidente tenha acontecido durante o dia da passada quinta-feira.

"Deve ter tido morte imediata face ao peso da viatura", indicou fonte envolvida no socorro, acrescentando que um trator desta envergadura ultrapassa as duas toneladas. Declarado o óbito pela equipa da VMER, o corpo do sexagenário foi transportado para o Instituto de Medicina Legal do Hospital de Guimarães onde será autopsiado.

As autoridades, nomeadamente um dos núcleos de investigação da Guarda Nacional Republicana de Braga, vão investigar em que circunstâncias terá acontecido o acidente. Adelino Vale vivia há cerca de 20 anos em Braga, mas era em Fão que tinha família e abrigo dos amigos. Era conhecido como "Lino Cantoneiro". Engenheiro de profissão, Adelino Vale foi também administrador das Piscinas Municipais de Esposende e grande impulsionador dos escuteiros da Vila de Fão.

2015/05/21

Pilotos estão satisfeitos com os novos troços do Rally Portugal 2015


Os troços definidos pela organização da prova a agradaram vários pilotos inscritos. Depois do primeiro dia de reconhecimentos, as quase 100 equipas inscritas no Vodafone Rally 2015 já ficaram com uma ideia do que as espera.
Com um percurso novo para todos, torna-se fulcral escrever notas numa folha. Não há o conhecimento das especiais dos anos anteriores e isso pode igualar o andamento dos pilotos. Thierry Neuville, piloto oficial da Hyundai, considera bastante importante trabalhar durante esta quarta e quinta-feira, no entanto, a capacidade de tirar notas em apenas duas passagens acaba por se tornar natural com a prática.
Reconhecer as especiais é muito importante e tirar boas notas também. Mas nós também já temos muita experiência a fazer isto, por isso, não deve haver problema”, disse Neuville.
Para Kris Meeke, da Citroën, as especiais do Norte podem ser “mais divertidas para quem tem menos experiência” isto porque “não têm tantas lombas e zonas cegas. O alcance da visão é um pouco maior”, o que permite aproveitar mais da pilotagem, explicou.
Os concorrentes começaram por explorar os três troços de sexta-feira: Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo. De tarde, percorreram Fafe e Vieira do Minho. O piloto da Volkswagen, Andreas Mikkelsen, estava bastante satisfeito.
Prefiro este rali. É um percurso novo. É óptimo voltar a esta região (o piloto participou no Fafe Rally Sprint). Os três troços que já vimos são muito bonitos. As estradas são fluídas e apesar de saber que as especiais dos outros dias têm características diferentes, gosto muito do que vamos ter neste rali”, disse.
Relativamente às especiais, Elfyn Evans, admite que os troços são desafiantes porque “para já estão em excelentes condições, mas na segunda passagem devem estar muito duros”, explicou o piloto. Na M-Sport, a expectativa em redor do Ford Fiesta depois das melhorias introduzidas é grande.


Providências cautelares adiam posse de casas nos Hangares

A apresentação de várias providências cautelares por parte dos proprietários de 32 casas na ilha-barreira dos Hangares, adiou hoje a prevista posse administrativa das construções pela Sociedade Polis, disse à Lusa a presidente da associação de moradores. 


A Sociedade Polis Litoral Ria Formosa deveria iniciar hoje a tomada de posse administrativa de edificações no núcleo habitacional dos Hangares, pertencente à Ilha da Culatra, concelho de Faro, mas o processo foi adiado devido às ações que decorrem em tribunal, tal como acontecera há três semanas no núcleo do Farol, localizado na mesma ilha. 



Em declarações à Lusa, a presidente da Associação de Moradores dos Hangares, Teresa Duarte, disse que o plano inicial da Sociedade Polis apontava para “uma razia”, ou seja, para a demolição de todas as habitações (149) daquele núcleo, onde existem 152 edifícios. 


O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, confirmou à Lusa que das 149 casas, três foram reconhecidas como primeira habitação, estando atualmente onze processos em análise. 

Segundo disse ainda à Lusa fonte ligada ao processo, os registos existentes indicam que em 1974 existiam 12 edificações nos Hangares e que atualmente existem 152, três dos quais pertencentes à Marinha. 

Para já, os proprietários das 32 habitações sinalizadas para tomada de posse administrativa lutam pela suspensão da mesma apoiando-se em providências cautelares individuais que foram aceites pelos tribunais. 

A reforçar estas ações judiciais, existe ainda outra providência cautelar apresentada pela Câmara de Olhão, que pugna pela proteção do camaleão enquanto espécie em risco e do seu "habitat" e que, de acordo com o presidente daquela autarquia, impede o avanço das demolições em todas as ilhas-barreira. 

A ilha da Culatra, que integra os núcleos habitacionais da Culatra, Farol e Hangares, é território administrado pelo concelho de Faro, mas é a partir de Olhão que normalmente se faz o acesso à ilha, devido à maior proximidade. 

A providência apresentada pela autarquia de Olhão alega que a Sociedade Polis não sustentou as determinações do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POCC) Vilamoura – Vila Real de Santo António com estudos e um programa para acautelar e proteger os camaleões durante o processo de demolições. 

O processo de renaturalização da Ria Formosa, lançado pelo Ministério do Ambiente, através do programa Polis, prevê a demolição de um total de 800 construções nos núcleos urbanos das ilhas-barreira. 

Os trabalhos começaram em dezembro, no ilhote dos Ramalhetes e no ilhote de Cobra, e deverão prolongar-se até ao verão, segundo o calendário anunciado inicialmente pela sociedade Polis. 

Na passada semana, o ministro do Ambiente garantiu no Algarve que não serão demolidas, nas ilhas-barreira da Ria Formosa, casas de primeira habitação, mesmo que estejam em situação ilegal, sem o realojamento prévio das pessoas. 


O Programa Polis Litoral da Ria Formosa é o instrumento financeiro para a execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura - Vila Real de Santo António, aprovado em 2005 e que deveria ter sido concluído em 2014, mas foi prolongado por mais um ano. 

2015/05/20

BRACARA - BRAGA ROMANA 2015 - AUGUSTA

Braga Romana em nome da fidelidade histórica

Braga revive por estes dias a Bracara Augusta fundada há mais de dois mil anos, um tempo em que o imperador César Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a distinguiu com o título de “Augusta”.  O nome “Bracara” tem origem num topónimo de raiz céltica, “braca” ou “bracca”, que  significa “calças curtas”, uma peça de vestuário dos gauleses e de outros povos de origem celta. A análise do nome Bracara Augusta mostra por isso a fusão de dois termos, um de raiz nativa, patente no nome de um dos povos mais poderosos da região - os “Bracari”   (Brácaros), e outro romano, retirado do epíteto “Augustus”.

A 12.ª edição da “Braga Romana”, uma recriação histórica que reconstitui ao vivo atividades económico-sociais alusivas à época, a par da existência de cada vez mais estudos sobre a Bracara Augusta, a somar a núcleos arqueológicos preservados e musealizados, constitui um fator da crescente valorização identitária da cidade. Um simples exemplo desta realidade são os 4453 fragmentos depositados no Museu D. Diogo de Sousa, recolhidos em 2004 pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, aquando da requalificação da sede da Casa do Professor.

Todavia, este interesse da “Braga Romana” só o é de facto se a vivência que inebria a urbe tiver uma dimensão pedagógica intrínseca, no sentido de que deve ser enquadrada pelos diferentes contextos educativos, valorizando a história e os nossos fundamentos greco-romanos. Este conhecimento é imprescindível para uma interpretação informada e uma aprendizagem significativa. A acompanhar esta proposição, que conduz a um saber consolidado porque experienciado, interessa garantir a validade científica da“Braga Romana”, certificando desde logo as suas atividades-chave, de modo a que não se desvirtue sob nenhum pretexto a fiabilidade e rigor de um acontecimento que tem de ser autêntico.

Evidentemente que se pode sempre dizer que o objetivo principal não é o de transformar a cidade num vasto espaço pedagógico, efervescente de cultura e tradição histórica, tão-só o de recrear os visitantes com um leque de atividades distintivas, mas distantes de uma efetiva recriação histórica: não é esse contudo o enfoque da “Braga Romana”, nem sequer a matriz que se pretende valorizar com a crescente interiorização coletiva do passado romano, bem patente no nível de participação na iniciativa de tantos dignos herdeiros do património cultural da Bracara Augusta.

O que se tenciona anotar com esta reflexão é o receio de que um evento reconhecido possa tender para uma certa “moda”, massificada indistintamente e ou abordada de forma acrítica, algo que não seria exclusivo de um (não) pensar contemporâneo, pois já na época romana se preceituava o “espírito seguidista”, por exemplo na indumentária (Cristina Pimentel, “Modas e provocações na antiga Roma”, in AA. VV. As Línguas Clássicas: Investigação e Ensino-II. Coimbra: Instituto de Estudos Clássicos, 1995, pp. 49-78), que é aliás uma das atrações que engalana alguns dos mais belos quadros históricos da “Braga Romana”.

O que interessa portanto acautelar é a fidelidade histórica nas suas mais diversas cambiantes, assegurando que esta iniciativa progrida sem caminhar distraidamente para a inocuidade. A educação histórica tem neste quadro um peso vital, não havendo a este propósito maior sabedoria do que a expressa por Cícero há mais de dois mil anos: “Quem não sabe História é sempre criança”.
Blogue Pedrinhas & Cedovem com Correio do Minho

O caminho mais seguro para ir a Bracara Augusta era exatamente por aqui foz do rio Cávado (Cadauus do rio Cauado)